O mais importante é uma NOVA atitude. Se não mudarmos de atitude não conquistaremos uma condição melhor.
É preciso ser construtor do futuro.
É preciso gerar um pensamento produtivo, ousado e inovador. Um pensamento que não resulte da repetição de fórmulas e de receitas já pensadas.
Há sete sapatos sujos que necessitamos deixar na soleira da porta dos tempos novos:
1º Sapato Sujo: A idéia que os culpados são sempre os outros e nós somos sempre as vítimas:
Estamos sendo vítimas da desresponsabilização.
"Caros irmãos: estou completamente cansado de pessoas que só pensam numa coisa: queixar-se e lamentar-se num ritual em que nós fabrcamos mentalmente como vítimas. Choramos e lamentamos, lamentamos e choramos. Queixamo-nos até à náusea sobre o que os outros nos fizeram e continuam a fazer. E pensamos que o mundo nos deve qualquer coisa. Lamento dizer-vos que isto não passa de uma ilusão. Ninguém nos deve nada. Ninguém está disposto a abdicar daquilo que tem, com a justificação que nós também queremos o mesmo. Se quisermos algo emos que o saber conquistar. Não podemos continuar a mendigar, meus irmaos e irmãs."
Chika A. Onyeani
2º Sapato Sujo: A idéia de que o sucesso nasce do trabalho:
O que explica a desgraça mora junto do que justifica a bem-aventurança.
3º Sapato Sujo: O preconceito de quem critica é o inimigo.
4º Sapato Sujo: A idéia que mudar as palavras muda a realidade:
A aparência passou a valer mais que a capacidade para fazermos coisas.
Em lugar de soluções encontram-se problemas. Em lugar de ações sugerem-se novos estudos.
5º Sapato Sujo: A vergonha de ser pobre e o culto das aparências:
Estamos vivendo num palco de teatro e representações: tudo é um passaporte para o estatuo de importante, uma fonte de vaidades.
É urgente que as nossas escolas exaltem a humildade e a simplicidade como valores positivos.
São enganações de quem toma a embalagem pelo conteúdo: a arrogância e o exibicionismo.
6º Sapato Sujo: A passividade perante a justiça.
7º Sapato Sujo: A idéia de que para sermos modernos precisamos imitar os outros:
A vergonha de sermos quem somos é um trampolim para vestirmos a outra máscara.
Fala-se muito dos jovens e fala-se pouco com os jovens. Ou melhor, fala-se com eles quando se convertem num problema.
A escola é um meio para querermos o que não temos. A vida, depois, nos ensina a termos aquilo que não queremos.
Temos que gostar de nós mesmos, temos queacreditar nas nossas capacidades. Mas esse apelo ao amor-próprio não pode ser fundado numa vaidade vazia, numa espécie de narcisismo fútil e sem fundamento.
*Mia Couto adora gatos e por isto ganhou este apelido do seu irmãozinho , por ele também não conseguia dizer "Emílio". Grande escritor moçambicano.
4 comentários:
Tamara,
Obrigado por nos lembrar dos sapatos sujos que continuamos a calçar todos os dias!
Tamara.
Sem dúvidas, vale a pena deixar estes sapatos de lado e sentir em nossos humildades pés descalços a relva do campo, a areia da praia, o beijo suave da maré...
Bjs. Bom final de semana
digo: "humildes pés"
Olá!
paseei por cá!!!
Gostei muito da tua reflexão!
Muita força!!!
Beijinhos portugueses!
:))
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