domingo, 12 de outubro de 2008

Nuvens mudas.
Tagarelam sobre o pássaro cinza.
Pousado no dourado tronco oculto de folhas.
Que se insinua para a agasalhada casa.
De seres genuínos.
Vislumbrantes de nuvens mudas.


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Resposta I:
Estou de pazes com o prazer e, conseqüentemente, comigo mesma
(quanto mais me pareço comigo mesma, mais as coisas mudam!).
Neste estado não se valoriza as qualidades ou os defeitos,
tampouco se preocupa,
porque eles são criações irreais
para justificar o fracasso ou o sucesso humano.

Resposta II:
Não consumo bebida alcóolica porque aprecio a alegria sincera.
Isto inclui não degustar as trufas com rum da mamãe,
tomar champanhe no Natal ou "molhar o bico" no vinhozinho.
Em compensação a-do-ro sucos exóticos, tais como:
abacaxi com cardamomo, goiaba com gengibre e manga com maracujá.

Resposta III:
Não universalizo.
Gosto do dualismo.

4 comentários:

Janete Cardoso disse...

"quanto mais me pareço comigo mesma, mais as coisas mudam!"

Gostei tanto dessa frase!
Descobri que não preciso mais tentar ser melhor... quem quiser, que me aceite do meu jeitinho, pois eu já me aceitei! :)
Gosto da sua autenticidade, nisso somos parecidas. Ah e também na opinião de que a alegria de verdade, não precisa de álcool.

beijinho

Felipe Fanuel disse...

Tamara,

Toda ascese é boa e saudável, desde que no nível particular, não-universalizado.

Aprecio e respeito sua atitude. Qualquer tipo de irresponsabilidade, não apenas aquela presente no ato de consumir bebida alcoólica, trabalha contra a "alegria sincera". No entanto, o problema está mais na pessoa do que no álcool, na trufa com rum, no champagne e no vinho.

Cada um responde de maneira diferente à bebida alcoólica. O que importa aqui, para mim, é a consciência. Se o caminho for a ascese, como é o seu caso, maravilha, merece aplausos e parabéns, por não se importar com experiências que mexem, artificialmente, com sua normalidade. Mas se o caminho não for esse, as palmas devem ser batidas pela capacidade de degustar, com responsabilidade, qualquer tipo de substância capaz de alterar o comportamento. Nenhum dos dois caminhos devem ser universalizados. Uma coisa deve universal: a ética, isto é, a capacidade de respeitar o espaço do outro, de responder por suas ações, e, por conseguinte, as conseqüências de tudo o que fazemos.

Se não for assim, seremos "atropelados" no caminho pela intolerância, o que creio não ser esse o objetivo de pessoas como Tamara Queiroz.

Um beijo.

Anônimo disse...

Tamara, temos algo em comum: não consumo nenhum tipo de bebida alcoólica, mas adoro sucos de -quase- todos os tipos. Algumas misturas de frutas no suco me agradam muito!

Teu versejar me lembrou aquele momento em família, em que o silêncio toma conta e torna o ambiente constrangedor... Não sei o motivo!


Saudades!
www.lizziepohlmann.com

Janete Cardoso disse...

Não consumo bebida alcoólica, mas não dispensaria a trufa da sua mãe, nem um sorvete de passas ao rum, nem meia taça de vinho no Natal...
Meu problema não é a substância alcoólica, em pequenas doses esporádicas, fazem até bem. Mas rejeito qualquer coisa que camufle as pessoas. Gosto de gente de verdade, que se mostra como é.

bjo