sexta-feira, 22 de maio de 2009

Tempo-morte

E que o tempo morra tão depressa que não se dê conta que o tempo passou.

E, de repente, matou arrancando o coração do esquecimento.


...
Em sânscrito, a morte e o tempo são chamados de kal. O tempo e a morte são um só. Viver o tempo significa viver a morte. A partir do momento em que o tempo desaparece, a morte também desaparece.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Mudando o rumo mentalmente

Não quero mais viver de acordo com os padrões mortos e impostos por outras pessoas.

Quero viver de acordo com os meus padrões e com aquilo que me faz verdadeiramente feliz. Quero estar onde acredito que devo estar. Sempre estou pronta a correr riscos.

Quero ser mais sincera e honesta comigo mesma. Quero respeitar mais o meu próprio ser.

Ou seja, mudanças.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Bebidinha de hoje

Adoro perceber o todo e cada partezinha.

É como sentir as cores vibrantes, o sabor de cada ingrediente e a explosão da mistura de uma coalhada seca, morangos e mel de rosas.

Adoro o tênue orgasmo gastronômico!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Orgasmaravalha-me

Ouço a música. Ela me toca sutilmente. Arrepia os pelos. Abre os poros. Faz-me esboçar um sorriso. Entreabo as pernas e levanto discretamente da cadeira. Agito-me desenvoltamente. Meus braços coreografam com o úmido ar. Danço com toda esta vontade que sinto de você. Cadência. Olha-me profundo. Percorre cada curva pululante do meu corpo. Ando a rodar em mim mesma. Espalho prazer. Provocação. Sinto sua respiração morna em meu rosto. Sons bem baixinho a sós. Tempo entorpecido. Deleite. Breve satisfação que se renova à medida que é extenuada.





Adorei (e)star
Uma homenagem aos "meus"
relacionamentos livres:

Alma!
Deixa eu ver sua alma
A epiderme da alma
Superfície!
Alma!
Deixa eu tocar sua alma
Com a superfície da palma
Da minha mão
Superfície!...

Easy! Fique bem easy
Fique sem, nem razão
Da superfície!
Livre! Fique sim, livre
Fique bem, com razão ou não
Aterrize!...

Alma!Isso do medo se acalma
Isso de sede se aplaca
Todo pesar não existe
Alma!
Como um reflexo na água
Sobre a última camada
Que fica na
Superfície!...

Crise!
Já acabou, livre
Já passou o meu temor
Do seu medo sem motivo
Riso, de manhã, riso
De neném a água já molhou
A superfície!...

Alma!
Daqui do lado de fora
Nenhuma forma de trauma
Sobrevive!
Abra a sua válvula agora
A sua cápsula alma
Flutua na
Superfície!...

Lisa, que me alisa
Seu suor, o sal que sai do sol
Da superfície!
Simples, devagar, simples
Bem de leve
A alma já pousou
Na superfície!...

Alma!
Daqui do lado de fora
Nenhuma forma de trauma
Sobrevive!
Abra a sua válvula agora
A sua cápsula alma
Flutua na
Superfície!...

Lisa, que me alisa
Seu suor, o sal que sai do sol
Da superfície!
Simples, devagar, simples
Bem de leve
A alma já pousou
Na superfície!...

Alma!
Deixa eu ver sua alma
A epiderme da alma
Superfície!
Alma!
Deixa eu tocar sua alma
Com a superfície da palma
Da minha mão
Superfície!...

Alma!
Deixa eu ver!
Deixa eu tocar!
Alma! Alma!
Deixa eu ver!
Deixa eu tocar!
Alma! Alma!
Superfície
Alma! Alma!
ALMA!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

domingo, 3 de maio de 2009

Acondicionamento

Menina
Pai

Pai
Menina

Pai-menina

Menina-pai



Mesmo concentrada lendo o livro, ouvi uma voz doce cantar na poltrona ao lado. Era uma linda garotinha que inclinava seu corpo para ver melhor seu pai e musicava Aquarela, de Toquinho e Vinicius. O pai? Estava com os olhos vidrados no celular.

Passado algum tempo, ela ainda continua cantando a música e o pai indiferente a olhar para o objeto em suas mãos.

Quando estava próximo para eu descer, resolvi olhar novamente porque o som parara. E lá estava ela também vidrada no joguinho do celular, tal e qual o pai dela.



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Eis uma filha vencida pela indiferença, pela falta de estímulo, pela falta de olho no olho e pela falta de diálogo do(s) próprio(s) pai(s).

sábado, 2 de maio de 2009

Se não me entendes, não me julgue, não me tente

Quanto mais profundo vou, menos faço uso de palavras complexas.

Aquilo que chamamos complexo nada mais é do que a nossa falta de interesse em entendê-lo e por isto o enfeitamos com discursos inteligíveis. Queremos sempre nos mostrar mais atraentes do que realmente acreditamos que somos. 

Se todas as pessoas concebessem isto, não fariam uso de palavra alguma.

Apenas seríamos belas pessoas a rodar gostosamente no embalo da mágica vida.