Da janela só um girassol.
No não lá-fora chove.
O vento varre a idéia do perfume da saia de flores murchas estampadas.
Sente-se o ar sorrir: é alguém que vai entrar pela porta.
A transparência das cores das flores acende o som da chuva que o alaga por dentro.
O espaço pára, escorrega, desembrulha-se.
Bailam lá fora redemoinhos de sol, cavalos de carrossel, árvores, pedras, montes, noite absoluta de luar no dia de sol lá fora.
De repente, sacode esta hora dupla como uma peneira misturando o pó das duas realidades.
centopéia pipoca murcha
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