"Para a minha eterna amada, Manuela:
Queria fazer do gorjeio do eterno passaredo, em canora colagem concertar amenas serenatas para, serenatando pelas noites adentro e madrugadas afora, levá-las como oferenda a você. Para você sentir-se ouvindo-me."
Leôncio, o apaixonado, rabiscou quaisquer palavras. Amassou a folha e partiu para a casa de sua amada, afim de libertá-la da prisão da casa dos seus pais:
- Venho, respeitosamente, pedir-vos a mão de Manuela!
4 comentários:
sinto-me, ouvindo-te.
Deliciosamente.
Arranca-me de dentro de mim... (quase eu diria, não fosse você).
Abraços, flores, estrelas!
Será que Manuela não sairá de uma prisão para a outra?
Desculpe-me pelo meu senso trágico, Tamara, mas às vezes a prisão se mascara com as roupas da liberdade... Talvez a escolha do título já diga tudo. (rs) A mulher será sempre "aprisionada"... Será?
O meu senso também é trágico, Fanuel.
Há muitas mulheres optando pelo casamento como meio de se libertar, mal sabendo que estão se aprisionando por livre escolha...
Oi Tamara.
Tenho que confessar que ao ler o post não percebi este senso trágico. Acho que trago comigo, no meu inconsciente talvez, uma idéia bastante romantizada do casamento.
Mas realmente, é possível que a pobre Manuela esteja apenas trocando suas velhas algemas por outras novas. Ou por asas que um dia irão se converter em algemas.
Bjocas.
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